sábado, 22 de janeiro de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A Campanha da Fraternidade é uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

* Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.

* Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.

O gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas. A destinação é a seguinte: 45% para a própria paróquia aplicar em programas de promoção humana; 35% para a Diocese aplicar na mesma finalidade; 10% para a CNBB Regional e 10% para a CNBB Nacional.

Objetivos

Para que o objetivo geral seja atingido, são propostos objetivos específicos:

Desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social, a fim de que possam se sensibilizar e se mobilizar, assumindo sua responsabilidade pessoal no que diz respeito ao problema da violência e à promoção da cultura da paz. Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, assim como a injustiça presente nos institutos da prisão especial, do foro privilegiado e da imunidade parlamentar para crimes comuns. Fortalecer a ação educativa e evangelizadora, objetivando a construção da cultura da paz, a conscientização sobre a negação de direitos como causa da violência e o rompimento com as visões de guerra, as quais erigem a violência como solução para a violência. Denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, a fim de incorporar ações educativas, penas alternativas e fóruns de mediação de conflitos que visem à superação dos problemas e à aplicação da justiça restaurativa. Favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares e de políticas públicas com vistas à superação da violência e de suas causas e à difusão da cultura da paz. Desenvolver ações que visem à superação das causas e dos fatores da insegurança. Despertar o agir solidário para com as vítimas da violência. Apoiar as políticas governamentais valorizadas dos direitos humanos. Realizar uma melhor convivência com as pessoas

História

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal no Rio Grande do Norte, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.

Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era Dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, Presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser Administrador Apostólico de Natal explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte.

Este projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade, bem como o Plano Pastoral de Emergência e o Plano de Pastoral de Conjunto, enfim, para o desencadeamento da Pastoral Orgânica e outras iniciativas de renovação eclesial. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.

Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulado: Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma. Em 1965, tanto Cáritas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967, começou a ser redigido um subsídio maior que os anteriores para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, participam deles também a Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral.

Em 1970, a CF ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa em rádio e televisão em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.

De 1963 até hoje, a Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade a partir de um problema específico que exige a participação de todos na sua solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação da Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não cristãs. É precioso meio para a evangelização do tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas confirmada por Cristo, segundo a qual a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.

A Campanha da Fraternidade tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.

OS 12 APÓSTOLOS DE JESUS


Simão Pedro (Príncipe dos Apóstolos): Pedro era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu o Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor. Em princípio fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em sua morte por crucifixão.

O próprio Senhor o confirmou na fé após sua Ressurreição (da qual o Apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho, o que o tornou líder da primeira comunidade.

Pregou no dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, morrendo em Roma, no império de Nero, que o crucificou de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor.

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi à fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

André (Pescador de Homens): Irmão de Simão Pedro, André foi o primeiro a receber de Cristo esse título e a recrutar novos discípulos para o Mestre. André ocupa um lugar eminente no elenco dos apóstolos: os evangelistas Mateus e Lucas colocam-no no segundo lugar, logo depois de seu irmão Pedro. Pescador, no mar da Galileia, nasceu em Betsaida e residia em Cafarnaum, juntamente com São João Evangelista, no tempo de Jesus. De início, foi discípulo e teve por mestre São João Batista, que lhe indicou Jesus, às margens do Jordão, como o Cordeiro de Deus.

Com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”.

André levou seu irmão, Simão Pedro, para conhecer Jesus (Jo i, 41). Algum tempo depois, enquanto André e Simão Pedro lançavam redes ao mar, Jesus prometeu fazê-los pescadores de homens. Posteriormente, escolheu-os como apóstolos. Diz-se que morreu crucificado em uma cruz em forma de X. Daí denominar-se cruz de Santo André a esse tipo de cruz. Suas relíquias veneram-se na catedral de Amalfi... Sua cabeça, que estava em S. Pedro de Roma, foi devolvida a Patrai pelo papa Paulo VI (1964).

Tiago Maior (Símbolo da Peregrinação-Filho do Trovão): Santiago Maior era pescador, filho de Zebedeu e de Salomé, irmão mais velho do evangelista João. Estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando Jesus os chamou.

Foi o primeiro evangelizador da Espanha. Para revigorar esta tradição, no século IX o bispo Teodomiro de Iria afirmou ter reencontrado as relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade de Iria, que tomou o nome de Santiago de Compostela, tornou-se a meta preferida de todos os peregrinos da Europa.

João Evangelista (4o Evangelista-Filho do Trovão): São João, apóstolo e evangelista, irmão de Tiago Maior, ambos pescadores, originário de Batsaida, foram apelidados por Cristo como os “Filhos do Trovão”. O mais novo querido e mais amado dos apóstolos, João ocupa lugar de destaque entre eles.

É o autor do quarto Evangelho e um dos mais belos livros da Bíblia: o Apocalipse. É o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. Está entre os mais íntimos de Jesus e aparece representado por Michelângelo, na cúpula da Basílica São Pedro, em Roma, pela imagem da águia.

Está ao lado de Jesus na hora da ceia, durante o processo e é o único, entre os apóstolos, que assiste a morte do Mestre, ao lado de Nossa Senhora. É perseguido e degradado para a ilha de Patmos, onde escreve o livro do Apocalipse. Sob o imperador Domiciano foi colocado dentro de uma caldeira de óleo fervendo, mas saiu ileso. Conforme a tradição viveu e morreu em Éfeso, onde foi sepultado.

Felipe (Amigo de Cavalos): Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas falam de Filipe somente o nome e o lugar de origem: Betsaida. João nos oferece maiores particularidades sobre a personalidade de Filipe, apresentando-o como grande amigo do apóstolo Bartolomeu.

Na última ceia Jesus fala aos apóstolos do profundo Mistério da Trindade, o pobre Filipe fica abismado e permanece atônito quanto ao Mistério da Trindade...

O resto de sua vida não consta em nenhum relato, assim como a sua morte. A tradição mais comum afirma que Filipe morreu crucificado aos 87 anos, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano.

Bartolomeu (Natanael): São João o trata por Natanael ou Nataniel – do hebraico: “Deus (El) deu (nathan)”.

Foi apresentado a Jesus pelo apóstolo Filipe. Nasceu em Caná, a 14 quilômetros de Nazaré. Foi visto pelo mestre sob uma figueira (descansava embaixo de uma árvore). De suas atividades apostólicas não há notícias certas.

Pregou na Índia e converteu muitos homens... Essas conversões provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, que conseguiram a ordem de tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.

Tomé (O Incrédulo): O apóstolo Tomé ou Tomás, a quem obstinadamente fazemos a injustiça de chamá-lo de incrédulo, se despede do Evangelho com um breve e alto grito de fé: “Meu Senhor é meu Deus!” – Foi o primeiro a reconhecer Jesus como Deus! Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus.

São Tomé era israelita. Seu nome consta na lista dos quatro evangelistas. O Evangelho de São João dá-lhe grande destaque. Em João 11,16, ele incita os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judéia: “Tomé, chamado Dídimo, disse então aos discípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele!”.

Tomé encontrou Jesus ressuscitado (João 21, 2). Temperamento audacioso e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor.

Mateus (1o Evangelista-Coletor de Impostos, Levi): Também chamado Levi pelos demais evangelistas, era coletor de impostos, político e o único com autoridade na sede governamental de Roma.

Foi Judas Iscariotes, porém, e não Mateus que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Mateus deixa o dinheiro para seguir o Mestre, enquanto Judas o trai por trinta moedas.

Da atividade de São Mateus após o Pentecostes, conhecemos somente as admiráveis páginas do seu Evangelho. A Ordem é o Sacramento onde Deus nos chama a sermos verdadeiros apóstolos. Na Bíblia podemos ver os inúmeros chamados de Jesus: “Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, que estava sentado no posto do pagamento das taxas, Disse-lhes: 'Segue-me'. O homem levantou-se e o seguiu” (Mt 9,9). Portanto, Jesus, com uma só palavra consegue levar Mateus, um homem pagão e rico, ao sacerdócio (sacer = sagrado; dócio = Dom).

Tiago Menor: São Tiago, que o evangelista Marcos chamou de “o Menor” para distingui-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo de Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior, no ano de 42, e após o afastamento de Pedro de Jerusalém.

A sua imagem austera sobressai pela Epístola que dirigiu, como uma encíclica, a todas as comunidades cristãs. Leem-se aí fortes expressões que a distância de dezenove séculos não fez perder sua perene atualidade.

Sobre sua morte, há poucas informações. Entre as mais consideráveis, aquelas do historiador hebreu José Flávio, segundo o qual o apóstolo teria sido condenado ao apedrejamento no ano 61 ou 62.

Judas Tadeu (Primo do Jesus): Irmão de Tiago Menor, agricultor, portanto parente consanguíneo de Jesus, era chamado também “Irmão do Senhor”. Nasceu na Galileia e seu pai era irmão de São José. Sua mãe, Maria Cleófas, era prima-irmã de Maria Santíssima.

Judas Tadeu foi um dos mais fervorosos apóstolos. Pregou a fé no meio dos maiores sofrimentos e perseguições, na Judéia, Samaria, Idumeia e, principalmente, na Mesopotâmia. Conforme os textos apócrifos, Judas Tadeu teria sido esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná) e isto explica a presença de Maria e de Jesus naquela realização...

Simão Zelota (O Cananeu): Nome dado por Lia, esposa de Jacó, porque Deus ouviu o seu pedido (Gênese 29: 33). São Simão é o mais desconhecido dos apóstolos. A seu respeito, a Sagrada Escritura conserva somente o nome.

Para distingui-lo de Pedro, os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelota ou Cananeu. O apelido pode significar tanto a cidade de origem – Caná, como a sua participação no partido dos zelotes, ou conservadores das tradições hebraicas.

Como os outros apóstolos, também Simão percorreu os caminhos do Evangelho. Segundo uma notícia de Egesipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, em 107, já com a avançada idade de 120 anos.

Judas Iscariotes (O traidor): Judas Iscariotes ou Escariotes, seu nome verdadeiro era Judas de Simão. Era originário da cidade de Kerioth. Todos os chamavam de "Ish-Keriot", que significava, "da cidade de Kerioth". O que se deu o nome de Judas Iscariotes. Foi aquele que traiu Jesus por trinta moedas de ouro; quando sucumbiu ante a tentação, sofreu fortes remorsos; arrependido se matou...

Fonte:http://www.girafamania.com.br/tudo/religiao_catolica_apostolos.html