Tradicionalmente, celebramos o mês de agosto como mês vocacional. A cada domingo, dedicamos nossas orações e nossa atenção a uma das vocações: a vocação ao Ministério Sacerdotal, a vocação Laical, a Vocação à Vida Religiosa.
Somos chamados, neste mês a refletirmos sobre esta questão vital para a nossa Igreja: o chamado e a resposta.
Inicialmente, há um Deus que chama, que convoca e propõe algo de concreto: dar um sentido à própria existência, uma direção fundamental e única, idêntica para todas as vocações: a santidade como meta última. Deus nos convoca a sairmos do círculo egoísta de projetar a própria vida tendo como ponto de referência a si mesmo. Fomos criados, e a partir daí, chamados (vocacionados) a orientarmos nossa existência como uma flecha busca seu alvo. Nosso alvo é Deus. Ele e a comunhão plena com Ele é nosso único objetivo final capaz de realizar nossa vida nesta terra.
Quem atinge este alvo, quem se deixa atrair poderosamente por esta Meta, por este Alguém, que como poderoso imã nos puxa para si, será feliz, realizará sua vida, dando a ela um sentido plenificante. Quem errar esta meta, estará destinado à frustração, ao desencanto de não chegar onde deveria chegar.
Além disso, o chamado de Deus inclui a concretização no fazer da própria vida um dom, um serviço. Chega-se à Meta definitiva através de um caminho concreto: ou oferecendo a própria existência para ser para os demais a imagem e a presença do Cristo Bom Pastor, através da vocação sacerdotal; ou vivendo a vocação laical, no meio das realidades humanas, quer constituindo através do Sacramento do Matrimônio, uma família fundada no amor humano, elevado por Cristo à dignidade e condição de Sacramento de Salvação, quer vivendo esta vocação laical sem assumir o Sacramento do Matrimônio, dedicando-se a alguma forma de serviço dos demais; ou então assumindo de forma absoluta, a vocação à vida religiosa, sendo sinal da presença de Cristo no meio da Igreja e do mundo, e vivendo a radicalidade dos Conselhos do Evangelho: a obediência , a castidade e a pobreza.
Tantos caminhos, tantas possibilidades... Deus, na riqueza de seu amor por nós, nos chama à felicidade plena e nos oferece os meios para que possamos atingi-la.
Aproveitemos bem este mês vocacional.
Rezemos e reflitamos bastante sobre o que Deus quer de nós e qual tem sido a qualidade de nossas resposta.
E de uma maneira especial, peçamos ao Senhor da messe e Pastor do rebanho que continue a inspirar muitos jovens a serem sensíveis ao Chamado e generosos na Resposta.
Vale a pena oferecer a própria vida por Cristo, a serviço de Seu Reino de Amor e de Paz.
Dom Antonio Carlos Rossi Keller